sexta-feira, 30 de março de 2012

Pequenos truques de saúde

Canso de ouvir pessoas dizendo que ter uma vida saudável dá muito trabalho! E fico pensando que, na verdade, viver dá muito trabalho, não é mesmo? Nos condicionamos em certos hábitos negativos e não conseguimos imaginar que existe vida além deles. O ideal é o despertar da consciência, mas em caso de impossibilidade total, recomendo a substituição de um hábito ruim por um hábito bom e a criação de um novo condicionamento. Dessa vez, um condicionamento positivo! ;-)
Então, vamos lá... Quando você sente aquele peso no estômago ou mesmo dor, anunciando que a comida está com dificuldade de ser digerida, ou quando há excesso de gases causando dores abdominais, ou ainda em caso de acidez (azia, aftas) ao invés de correr para um remédio da farmácia, faça um bem ao seu corpo! Em primeiro lugar, beba uma mistura de um limão, água fresca e uma colher de chá de bicarbonato de sódio. Depois, sente-se confortavelmente, coloque as duas mãos sobre o umbigo e comece a respirar lenta e profundamente, sentindo a barriga inflar de ar e esvaziar-se, no processo de inspiração e expiração. Fique assim durante uns 15 minutos pelo menos. Depois, analise se existe algo que você "não engoliu", "não conseguiu digerir" nos últimos tempos. Descobriu? Faça mais uns 10 minutinhos de Ho'oponopono (Eu te amo, sinto muito, me perdoa, sou grata). Tenho certeza de que tudo se resolverá rapidamente.

Você acordou com uma gripe querendo te derrubar? A garganta dói, o nariz funga e você só sente saudade da cama? Então prepare um chá da seguinte maneira: 300 ml de água e uma colher de sopa bem cheia de pedaços de gengibre fresco, deixe ferver... Desligue o fogo e acrescente uma colher bem cheia de mel. Espere uns três minutos e esprema um limão. Misture tudo e beba. Coloque meia nos pés, cachecol no pescoço, sente-se e coloque as mãos quatro dedos abaixo do umbigo. Aí se encontra o tan-chien inferior, que é o centro de energia do nosso corpo. Visualize um fogo crepitando, aproximadamente, quatro dedos para dentro da sua barriga a partir das suas mãos. Sinta este fogo de maneira bem real, esquentando a região em volta dele. Imagine que tudo que te incomoda no momento (dores, tosse, nariz entupido, calafrios) percorre um caminho por dentro do seu corpo até se lançar nesta fogueira do tan-chien. Fique assim por 20 minutos pelo menos, até sentir o calor na barriga e nas mãos.

Evite (radicalmente) leite e derivados, massas, gorduras, doces e pães. Sim... Restará pouca coisa a comer, mas o objetivo é este mesmo! ;-) Prefira passar o dia tomando chás (poejo, hortelã, limão, canela), sucos e comendo sopa de legumes e verduras. A ideia é exigir o mínimo possível do corpo, tanto no esforço da digestão quanto no esforço físico, portanto, evite se movimentar muito. Mantenha as janelas abertas para ventilar o ambiente, ao contrário do que muitos pensam, uma brisa suave pode ser muito boa nesta hora (brisa leve, hã? Não estou falando de ventania, muito menos ventilado e ar condicionado!) Procure refletir sobre o que andou te deixando triste ou magoado e faça Ho'oponopono.

Creio que mais importante do que combater os sintomas, é descobrir as causas do mal estar. Neste aspecto, Louise Hay é "o cara"! rs Ela tem uma lista de doenças e suas causas emocionais. É sempre bom consultá-la e averiguar o que pode estar nos deixando com o corpo ressentido. Vou postar, abaixo, a listinha e em seguida o maravilhoso filme sobre a vida dessa mulher que superou situações realmente difíceis e ainda se dedicou à cura de outras pessoas. Espero que seja proveitoso! :-) Também é sempre bom lembrar sobre a diferença entre um sintona isolado e algo que virou rotina. Sintomas que viram rotina estão prestes a se transformar em doença mesmo, portanto, recomendo procurar um homeopata, acupunturista ou médico Ayurveda para que seja feita uma avaliação profunda em relação a sua saúde em todos os aspectos: físico, emocional, mental e espiritual.

AMIDALITE: Emoções reprimidas, criatividade sufocada.

ANOREXIA: Ódio ao externo de si mesmo.

APENDICITE: Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.

ARTERIOSCLEROSE: Resistência. Recusa em ver o bem.

ARTRITE: Crítica conservada por longo tempo.

ASMA: Sentimento contido, choro reprimido.

BRONQUITE: Ambiente familiar inflamado. Gritos, discussões.

CÂNCER: Mágoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.

COLESTEROL: Medo de aceitar a alegria.

DERRAME: Resistência. Rejeição à vida.

DIABETES: Tristeza profunda.

DIARRÉIA: Medo, rejeição, fuga.

DOR DE CABEÇA: Autocrítica falta de autovalorização.

DOR NOS JOELHOS: medo de recomeçar, medo de seguir em frente.

ENXAQUECA: Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.

FIBROMAS: Alimentar mágoas causadas pelo parceiro(a).

FRIGIDEZ: Medo. Negação do prazer.

GASTRITE: Incerteza profunda. Sensação de condenação.

HEMORRÓIDAS: Medo de prazos determinados. Raiva do passado.

HEPATITE: Raiva, ódio. Resistência a mudanças.

INSÔNIA: Medo culpa.

LABIRINTITE: Medo de não estar no controle.

MENINGITE: Tumulto interior. Falta de apoio.

NÓDULOS: Ressentimento, frustração.Ego ferido.

PELE (ACNE): Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.

PNEUMONIA: Desespero. Cansaço da vida.

PRESSÃO ALTA: Problema emocional duradouro não resolvido.

PRESSÃO BAIXA: Falta de amor quando criança. Derrotismo.

PRISÃO DE VENTRE: Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente.

PULMÕES: Medo de absorver a vida.

QUISTOS: Alimentar mágoa. Falsa evolução.

RESFRIADOS: Confusão mental, desordem, mágoas.

REUMATISMO: Sentir-se vitima. Falta de amor. Amargura.

RINITE ALÉRGICA: Congestão emocional. Culpa, crença em perseguição.

RINS: medo da crítica, do fracasso, desapontamento.

SINUSITE: Irritação com pessoa próxima.

TIREÓIDE: Humilhação.

TUMORES: Alimentar mágoas. Acumular remorsos.

ÚLCERAS: Medo. Crença de não ser bom o bastante.

VARIZES: Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Ho'oponopono: a cura através do perdão e da gratidão

Quem acompanha o Via Tarot já deve estar cansado de ler referências sobre o Ho'oponopono. Sou entusiasta deste método de cura e de magia, que já me mostrou resultados práticos surpreendentes. Entrei em contato com esta técnica através de uma amiga querida que mora nos EUA, a Lilia, lá pelos idos de 2007. Tive a oportunidade de testar a técnica poucos dias depois, em uma situação de conflito, e fiquei espantada com o efeito-relâmpago! A partir daí comecei a recomendar o Ho'oponopono para todo mundo.

Outro dia mesmo, conversando com uma cliente que também é terapeuta, eu comentei: eu gosto de coisas simples! Sei que existem técnicas incríveis, mas complexas, que exigem muito investimento em materiais ou aparelhos, ou que a pessoa precisa fazer coisas muito difíceis para obter resultado. Mas se posso conseguir a mesma coisa de forma mais simples e objetiva, pra que complicar? Não gosto de complicação! A vida já me mostrou que o fato de ter uma mente meio complicada (que fica esmiuçando detalhes e querendo saber o "insabível"...rs) me deixou em situações de desequilíbrio de corpo, mente e emoções. Desde que tomei consciência disso, busco resolver tudo através da simplicidade.

De todos os métodos de cura que aprendi até hoje, o mais simples, sem dúvida, é o Ho'oponopono. Ele não precisa de curso, de especialização, de treinamento e nem ao menos de um horário ou local especial para ser feito. Por isso, quero inaugurar o marcador "Cure-se", que terá técnicas simples, que podem ser feitas pela própria pessoa, sem precisar buscar um terapêuta, com o Ho'oponopono. O único desafio dessa prática é a disciplina, pois ele deve ser feito diariamente para que se tenha um efeito realmente visível e rápido.

O Ho'oponopo tem a sua origem no xamanismo havaiano e foi resgatado e trazido para o ocidente pelo Dr. Len. Ele curou pacientes de uma ala psiquiátrica sem ao menos consultá-los pessoalmente, mas, somente lendo suas fichas, se perguntando qual a sua responsabilidade por aquele paciente estar assim e recitando as palavras-chaves: Eu sinto muito. Me perdoa. Eu te amo. Sou grato.

Pode parecer muito estranho, mas a verdade é que funciona! A frase que tem sido muito usada atualmente – somos todos um – precisa deixar de ser apenas uma frase de efeito, uma teoria, e passar a ser sentida e praticada através do Ho’oponopono, palavra que quer dizer “acertar o passo”. Como não existimos de forma independente, mas estamos todos conectados a todos os seres e todas as coisas existentes, sempre que alguém ou alguma situação surge em nossa vida, fomos nós que atraímos e, portanto, somos responsáveis por aquilo também.

Se você está vivendo uma situação ruim, seja no trabalho, na vida afetiva, familiar ou com sua própria saúde, pratique o Ho’oponopono. Se você teve um relacionamento no passado que parece segurar você lá, que traz constantemente sentimentos de mágoa, culpa, raiva ou tristeza, faça o Ho’oponopono. Não racionalize, não se sinta uma vítima e nem clame por justiça a seu favor. Poupe seu tempo e energia, porque nada disso funciona. Faça o Ho’oponopono.

Procure um lugar tranquilo e silencioso. Sente-se confortavelmente, faça algumas respirações profundas para relaxar e “limpar” a mente de preocupações. Focalize e visualize a pessoa ou situação a ser resolvida e, enquanto respira profundamente, repita "eu te amo, sinto muito, me perdoe, sou grata". Enquanto faz isso, vá percebendo que tipo de imagens mentais surgem, lembranças, palavras... Tudo isso é importante, pois é comum durante a prática do Ho'oponopono surgir intuitivamente uma solução ou a razão de estarmos vivendo determinado processo de vida...

Conforme nos abrimos plenamente e vibramos o amor, o perdão e a gratidão vamos nos curando e também vamos compreendendo, de uma forma mais profunda, o que andava errado e como podemos mudar. Outra excelente utilização do Ho'oponopono é para nós mesmos, ou seja, ao invés de pensar em alguém ou alguma situação, podemos, diante do espelho, repetir o mantra, deixando claro que nos amamos, que nos perdoamos e que somos gratos por sermos quem somos. Muitas vezes essa segunda prática é mais difícil do que a primeira, pois temos dificuldade de nos aceitar plenamente. É também interessante observar quais são as imagens, palavras e sensações que surgem. Realizando esta prática durante 15 minutos, duas vezes por dia, durante um mês, já será possível perceber mudanças significativas, mas o ideal é tornar a prática uma rotina de vida.

As imagens vieram daqui e daqui

sexta-feira, 16 de março de 2012

Nosso foco é a saúde ou a doença?

Hoje, resolvi postar aqui um trecho de um livro maravilhoso que estou lendo: "Medicina Ayurvédica para a mulher", de Atreya, um dos mais respeitados escritores sobre o assunto. O prefácio, escrito por uma médica ginecologista, Dra Elisabeth Hesse é um caso a parte, uma obra-prima da humildade de uma "doutora" diante da sabedoria antiga da medicina ayurveda e a sensibilidade dela ao lidar com as pacientes no dia-a-dia.

Mas o trecho que selecionei é outro! Ele é um alerta interessante em relação à medicina oficial (que alguns chamam de tradicional, mas de tradicional não tem nada, já que ela é muito recente). Atreya escreve com muita sabedoria, muito equilíbrio... Percebe-se que a intenção dele não é atacar gratuitamente a metodologia moderna, mas mostrar que é possível ter mais saúde e cuidar do bem-estar de outras maneiras.

Costumo dizer que foi graças à medicina oficial que eu sobrevivi e hoje estou aqui para contar a história. Eu e meu filho! Quando eu estava com sete meses e meio de gestação, senti uma dor fortíssima na barriga, sem conseguir detectar, exatamente, a localização. Eu estava com um cisto no ovário que, tendo torcido, devido ao peso da barriga, fez um estrago feio no ovário e na trompa, gerando uma hemorragia interna que não dava nenhum sinal externo. Se não fosse a competência da minha obstetra, Dra Isabel Lopes (pessoa do bem, anjo que salvou nossas vidas!), e toda a parafernália da medicina moderna - incluindo ultrassonografia, cesariana, anestesia, incubadora, antibióticos -, nem eu e nem meu filho estaríamos hoje aqui.

Então, eu agradeço profundamente os recursos da medicina oficial, que costumam ser muito bons para urgência e emergência. Mas como espero que minha vida não seja uma sucessão de urgências e emergências, me parece que seria mais interessante usar a sabedoria da medicina mais antiga do mundo, para cuidar da saúde, ao invés de cuidar da doença.

Peguem a pipoca ou o chazinho e venham comigo! :-) Ah, algumas partes em negrito são de minha autoria, por considerar pontos-chave para compreender tudo isso melhor.

"Através da história, as plantas têm sido usadas como remédio. Contudo, a potência terapêutica e a confiabilidade das plantas variavam muito com as estações do ano e método de cultivo e colheita. Quando a Revolução Industrial começou, no final do século XVIII, um dos principais objetivos foi encontrar uma maneira de estabilizar a fonte de medicamentos para que resultados mais precisos e seguros pudessem ser obtidos. Uma admirável tarefa para a humanidade. Além disso, o armazenamento dos remédios tinha sido sempre um problema. Assim, com o passar dos anos, foram desenvolvidos métodos pelos quais as substâncias terapêuticas das plantas podiam ser extraídas e armazenadas com segurança.

Essa abordagem reflete a visão mecância - isto é, pela compreensão da substância ou substâncias químicas de uma planta pode-se conhecer o efeito dessa planta sobre as doenças, e também reproduzir as substâncias nela contidas. Essa lógica é ainda adotada atualmente, mesmo depois de décadas de problemas e efeitos colaterais. No início, grandes avanços foram feitos no tratamento das doenças. Ainda hoje as descobertas continuam, mas a que preço?

Numerosas doenças foram erradicadas da sociedade e muitas outras mais assumiram seu lugar. Grande número de cirurgias sem sentido é realizado diariamente nos Estados Unidos - desde histerectomias até a remoção das tonsilas palatinas (amígdalas). O corpo humano é tratado como se produzisse órgãos indesejados, que poderiam atuar como fonte das doenças. Sofremos lavagem cerebral, sendo levados a acreditar que a medicina moderna já eliminou as principais causas de doenças nos países em desenvolvimento no mundo.

Essa informação é questionável. Na melhor das hipóteses substituímos um conjunto de doenças por outro. Só o aumento de vários tipos de câncer, ataques cardíacos e endurecimento das artérias é enorme. Entretanto, talvez o fato menos divulgado e assustador é que as infecções virais continuam sendo a principal causa de mortes em todo mundo - a influenza. As pessoas, hoje, começam a se conscientizar de que os microorganismos estão se tornando cada vez mais resistentes aos antibióticos devido ao seu uso ostensivamente exagerado por parte da comunidade médica. Pergunto-me porque são necessários seis anos de estudo e vários anos de residência para preparar médicos que irão prescrever o mesmo antibiótico para diferentes pessoas com uma variedade de problemas.

Atualmente, vemos uma série de doenças ambientais, resultantes das quantidades maciças de poluentes industriais em nossa cadeira alimentar. Apenas um exemplo disso: 51 dos milhares de produtos químicos usados diariamente afetam de modo direto o sistema endócrino. A maior parte são os chamados "produtos químicos estrogênicos". Eles ocorrem em pesticidas, adubos, plásticos, detergentes, produtos de limpeza domésticos, alimentos enlatados e até mesmo cremes contraceptivos. Estão em PCBs (bifenilas policloradas). Hoje, esses produtos encontram-se disseminados por todo o meio ambiente. Eles prejudicam ou superestimulam diretamente a produção de estrógeno, o qual estudos vêm revelando de modo constante, provoca o aparecimento de câncer, tumores e outros crescimentos no corpo humano. O excesso de estrogênio pode causar ansiedade e promover a síntese excessiva de gorduras (aumento de peso).

Como os pesticidas e os fertilizantes já penetraram todos os níveis da cadeia alimentar, tanto homens quanto mulheres estão cada vez mais propensos a ter problemas com o sistema endócrino - que como vimos controla o corpo todo. O aumento do câncer pode estar diretamente relacionado com os alimentos e a alimentação. A ciência sabe disso, mas as informações são mantidas fora dos meios de comunicação de massa por pessoas e empresas que lucram com os alimentos e produtos vendidos. Devemos observar que dependemos desses mesmo produtos em nossa vida diária. O que os pesquisadores sabem e o que vem a público é, com frequência, muito diferente. Os livro de John Robbins apresentam informações interessantes nessa linha, especialmente sobre alimentação e nutrição.

Com essas informações é difícil aceitar o argumento de que a ciência realmente eliminou as doenças do planeta. Não seria mais preciso afirmar que a ciência substituiu um conjunto de doenças por outro? O dr Subhuti Dharmananda, pesquisador e diretor do Institute for Tradicional Medicine and Preventive Health Care declarou, em 1980, a respeito da história da medicina:

Onde praticados, um melhore saneamento e uma alimentação adequadafizeram mais pela saúde do que qualquer medicina que já tenha sido exercida. Poucas pessoas parecem conseguir essas condições em suas vidas, e por isso, a medicina é necessária para realizar uma tarefa monumental!

Os modernos produtos farmacêuticos foram criados para combater os problemas da sociedade humana, a maioria dos quais decorre da poluição e dos mais hábitos.
A principal causa de mortes na Índia, atualmente, é a disenteria, uma infecção viral resultante de más condições de higiene. Nos EUA temos outros tipos de poluentes, que causam câncer de mama, elevação da pressão arterial e outras doenças. É devido a esses fatores externos e a hábitos inadequados de alimentação que as pessoas geralmente adoecem. Doenças do coração são as que mais matam mulheres acima dos 50 anos; contudo, o fato de a alimentação e os exercícios já terem sido claramente relacionados com elas não impede que médicos tentem tratar o resultado de estilos de vida incorretos. Por isso, os remédios modernos se destinam a combater os sintomas dessas doenças e não os fatores causais decorrentes do estilo de vida ou do meio ambiente.

Aqui, portanto, é onde a medicina principalmente se desvia da filosofia do Ayurveda: concentra-se nos sintomas e não na origem dos mesmos. A ciência acredita que, descobrindo o patógeno responsável por um sintoma e o eliminando, ela pode restabelecer a saúde. Essa abordagem está limitada a doenças agudas. A observação diária tem demonstrado repetidas vezes que os mesmos sintomas reaparecem depois de um tratamento com drogas sintéticas ter efetivamente erradicado o agente causador do corpo. Por que então ocorre a recidiva da doença? Talvez a causa verdadeira desta não esteja limitada a um patógeno.

Vamos examinar uma versão simplificada de como produtos farmacêuticos sintéticos atuam no corpo. Esses produtos são feitos para gerar resultados rápidos, padronizados, constantes. Isso significa que pode ser mensurado de uma maneira ou de outra, vezes seguidas. Se uma substância pode ser produzida ou isolada e ter essa ação, ela se torna valiosa para a ciência. Esses produtos têm que ser separados e isolados de outras substâncias para que se possa avaliá-los eficazmente. Isso também permite à ciência observar os efeitos da substância isolada.

Por meio desse processo, a substância é transformada em algo inerte, morto. Torna-se inorgância (isto é, não mais ocorre em seu estado original, como na natureza). Sua estrutura química permanece a mesma ou extremamente próxima, mas é considerada morta pelo corpo humano. Isso pode ser mais claramente definido por sua ação no corpo. Essas substâncias sintéticas isoladas agem de maneira agressiva no organismo. Elas não atuam com o corpo, mas a despeito deste. Por essa razão, esses produtos conseguiram efeitos miraculosos contra as doenças.

Contudo, há um preço a pagar. Essa agressividade - ou ação de forçar-e-entrar, a invasão - sempre cria efeitos colaterais. Os efeitos secundários podem ser conhecidos ou não. A ciência moderna usa principalmente um critério para determinadar se uma substância é segura: ela é carcinogência? A questão de uma substância causar ou não câncer tornou-se, portanto, o fator fundamental na determinação da segurança dessa substância no tratamento de uma doença. Os outros efeitos colaterais geralmente não são avaliados ou investigados devido à falta de tempo e dinheiro. Na verdade, para se conhecer todos os efeitos colaterais de qualquer substância isolada seria necessário testar cada um dos sistemas, órgãos e glândulas, além de suas funções no corpo, e ainda não se poderia saber como o todo orgânico iria responder à substância isolada.

Essas substâncias não possuem uma inteligência inata que lhes permite perceber o que pertence ao organismo e o que não pertence. Elas invadem as células (o tipo de célula depende do medicamento usado), forçando a entrada para exercer sua ação. Outro teste fundamental para a medicina científica serve para avaliar se o corpo pode, eventualmente, eliminar a maior parte da substância. Caso contrário, diz-se que ela é tóxica, sendo considerada como veneno. O corpo então enfrenta a tarefa de rejeitar o produto e os patógenos que este destruiu, função essa que o corpo geralmente é incapaz de realizar completamente. Uma pequena porcentagem do medicamento permanece em tecidos profundos ou nos órgãos de filtração."

Bem... Isso é somente um aperitivo. Adiante, o autor começa a detalhar o que acontece, por exemplo, no caso de uma aparentemente inofensiva cápsula de vitamina C sintética, até chegar na forma como as famosas pesquisas são elaboradas, em que os critérios iniciais já distorcem o resultado final, fazendo os remédios parecerem uma maravilha da ciência, um milagre!

Enfim... Eu recomendo que comprem o livro! ;-)

Como a postagem de hoje foi bem árida, vamos atender o pedido da Virgínia, na postagem anterior, e falar sobre aquelas pastinhas coloridas, saudáveis e saborosas...rs

Pasta de berinjela

Leve a berinjela inteira ao forno até ela fazer PUF, ou seja, até ficar macia e estufar. Então coloque a berinjela em pedaços no liquidificador e bata com 1 dente de alho, azeite extra-virgem, sal e um tico de água. Bata até ficar um creme grosso.

Pasta de cenoura

Cozinhe algumas cenouras (eu cozinhei 3), por pouco tempo para que ainda estejam firmes e não percam todas as vitaminas. Ou então, façam metade das cenouras cozidas e metade cruas e então a pasta terá uma consistência mais crocante. Coloque no liquidificador com um pouco de suco de laranja, azeite extra-virgem, uma pitada de noz-moscada. Bata.

Pasta de ricota

Amasse uma ricota e, se precisar hidrate um pouquinho com água ou leite (algumas ricotas são muito secas). Pique a cebola bem miudinha e um punhado de ervas: manjericão, alecrim, hortelã, erva-doce (não a semente, mas as folhas) e salsa. Misture bem e acrescente o sal.

O mais legal de ter sempre umas pastinhas assim, prontinhas, é que servem para o café da manhã, um lanche e até mesmo para substituir o almoço (no pão integral e acompanhada de uma boa vitamina de frutas), numa hora de correria, pois são muito nutritivas! Para quem quiser enriquecer ainda mais o valor nutritivo de cada uma delas, recomendo acrescentar, por exemplo: nozes ou castanha-do-pará na de berinjela; semente de linhaça na de cenoura e passas na de ricota.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Você é o que você come! Parte 1

Já vou começar com um tema polêmico! rs Tão polêmico, que existem mil maneiras de se alimentar bem e mil maneiras de se alimentar mal... É só escolher!

Apesar de não ter feito curso algum de nutrição, desde muito jovem comecei minhas pesquisas sobre o assunto. Foi uma questão de necessidade, já que eu não tolerava certos alimentos considerados nutritivos e fundamentais em uma boa alimentação, como a carne e o leite. A carne de boi nunca me agradou e o leite começou a me causar náusea a partir de uns 10 anos de idade.

Aos 17 anos, por influência de uma vizinha, que era médica homeopata e vegetariana, descobri que era possível viver sem carne de tipo algum! Ingrid me deu de presente dois livrinhos, um sobre vegetarianismo e outro sobre macrobiótica, aos quais me agarrei como um salvo-conduto pelo meu exótico gosto alimentar. Descobrir que existiam pessoas que não comiam carne foi um alívio! Me fez me sentir menos esquisita...rs

Depois de superar a fase inicial, em que se cansa de ouvir a velha pergunta: "você não come carne? Então você come o que?!" E de responder, com muita paciência, "tudo, menos carne..." fui passando por outras fases... Fases em que me aborreci menos com as perguntas e passei a ter mais opções alimentares, inclusive quando almoçava na rua, já que ser vegetariano começou a ser algo mais comum. Por outro lado, em minha busca incessante da dieta perfeita (ah! três planetas em Virgem!), fui aprofundando as pesquisas e experiências e fui ficando cada vez mais confusa... O corpo estava ótimo! A mente, nem tanto...rs

A macrobiótica recomenda, praticamente, a eliminação de líquidos na alimentação. Os vegans não comem nenhum alimento de origem animal e isso inclui: os queijos que eu amo, o mel que cai tão bem na saladinha de fruta e os ovos que, pra mim, ainda são necessário na confecção de um bolo, já que não me ajeitei com as receitas de bolo vegans. Aí vem a linha higienista que fala que deve se manter o jejum ao acordar... Dessa eu gosto, porque não costumo sentir muita fome logo de manhã. Mas a alimentação viva elimina as sopinhas que tanto gosto, o arroz integral com shoyo e gersal (sem falar da pizza, né?), ok, me faz muito bem um suco verde pela manhã, mas... pô! E o ápice da história é parar de comer de vez e se alimentar de prana, vamos viver de luz!

Vocês ficaram tontos? Pois eu fiquei! Tonta e frustrada... Não existe a dieta perfeita!

Foi a partir daí que percebi o óbvio: cada corpo funciona de um jeito, cada pessoa se adapta melhor a determinados tipos de alimento. Nesse aspecto, a alimentação Ayurveda é muito sábia, detectando os três tipos ou doshas: vata, pitta e kapha. De acordo com o tipo, a pessoa deve se alimentar de uma determinada maneira. Mas ainda assim "há controvérsias"! A frustração ainda permanece.

Bem, não posso parar por aqui e deixar todo mundo sem um mínimo de respostas, não é mesmo? Então resolvi elaborar algumas dicas e alertas que considero fundamentais para que cada um comece a, pelo menos, pensar a sua alimentação. Me acompanhem! :-)

Certas coisas são inquestionáveis, na minha opinião, dentre elas:

comer menos é sempre melhor do que comer mais;

evitar alimentos industrializados e processados;

evitar alimentos transgênicos (pelamordasanta! Joguem aqueles tabletes de tempero - caldo disso, caldo daquilo - fora!!!);

açúcar - sinto muito, gente - não é algo bacana. Reduzam o quanto puderem e troquem o açúcar refinado por demerara ou mascavo (mas não é pra encher a cara só porque não é refinado, hã?);

leite de vaca é bom pra bezerro e a não ser que alguém pretenda assaltar um banco de leite da maternidade mais próxima, a verdade é que nós não deveríamos beber leite. Sei que, culturalmente, esse é um hábito muito forte, mas eu recomendo que, ao menos, se use o leite somente para fazer bolo ou em forma de iogurte, manteiga (esqueçam a margarina e tudo de bom que falaram dela, é mentira!) e queijo;

carne... Pois é, eu sei que nem todas as pessoas se adaptam à retirada de carne da dieta, mas levando-se em conta, não somente o fato de não termos um sistema digestivo próprio para digeri-la, mas principalmente a quantidade de DDT que colocam na carne de boi e os hormônios nas aves de granja, eu recomendo cortar ambas. Carne de porco, então, nem se fala, né? Muito pesada e com risco de parasitas;

evitar beber líquido nas refeições, principalmente os gelados! De um modo geral, a recomendação é não beber líquidos. A medicina Ayurveda recomenda poucos e pequenos goles de água quente ou chá natural (não vale chá preto e mate, que são torrados) durante a refeição para ajudar a desfazer as gorduras e auxiliar a função dos sucos gástricos. A notícia triste é que aquele suco bem geladinho e gostoso durante a refeição solidifica a gordura existente na comida, trazendo consequências nada boas para a saúde. Eu parei de beber suco durante as refeições há muitos anos, mas confesso que é um sacrifício;

aquela velha história de tomar café como um rei, almoçar como um príncipe e jantar como um mendigo está valendo, viu? Mas com algumas adaptações, claro. Como eu disse, cada um vai encontrar a melhor forma de se alimentar. Eu sempre senti mais fome na hora do almoço, minha mãe acorda com muita fome, meu filho sente fome de noite... Mas dentro das características de cada um, é bom lembrar que um (ou dois) copo de água em jejum faz um bem incrível, que no café da manhã é bom incluir frutas que ajudam a eliminar as toxinas e que não se deve ir dormir de barriga cheia. De resto, encontrem um equilíbrio e, principalmente, percebam como o corpo reage.

Por tudo que andei estudando, essas dicas são meio que inevitáveis. A partir daí, as coisas começam a ficar mais "negociáveis", digamos assim... E existem dicas incríveis e simples que fazem muita diferença no dia-a-dia! Mas isso é tema para outra postagem! ;-)

Receitinha

Não precisa entrar de cabeça na alimentação viva, mas vale a pena beber um copo de suco verde pela manhã, antes de sair de casa. Uma coisa que aprendi foi que quando comemos ou bebemos algo realmente nutritivo, o corpo demora mais a pedir mais comida (alô, quem quer emagrecer!). Então, é claro que beber um café preto cheio de açúcar pode ser mais gostoso, mas um copo de suco verde, além de alimentar infinitamente mais, trará muito mais energia e vitalidade para o corpo e a fome só vai aparecer bem mais tarde.

O que não muda: pepino + maçã + cenoura

O que muda: folhas (couve, rúcula, salsa, manjericão, hortelã, capim-limão)

O que mais se pode colocar: inhame, batata-doce, beterraba, chuchu

E os grãos germinados (se você não tiver preguiça, que nem eu, faça porque vale a pena): Aprenda como fazer aqui

Aos poucos, vamos descobrindo as quantidades, mas pode-se começar com 1 pepino, 1 maçã e 1 cenoura, 1 folha de couve, um punhado de salsa e outro punhado de hotelã, 1 inhame pequeno e um punhado de grãos germinados. Com isso aí é possível fazer uns dois copos de suco verde. É só bater tudo no liquidificador!

O truque, na verdade, está na forma de coar. É preciso ter uma "panela furada" (leia no link) que pode ser feita em casa, com facilidade, ou comprada aqui

Minha proposta é que durante uma semana este seja o seu desjejum. No resto do dia faça a alimentação normal, de sempre. Ao final de uma semana, anote quais foram as suas reações na agenda. Retorne à rotina sem o suco verde e depois de uma semana veja como se sente, em comparação ao que anotou na semana anterior. Sou bem prática! Só podemos dizer que algo é bom mesmo experimentando! Estão convidados então...

*Todas as delícias das imagens foram feitas por mim :-)

Atualização de informação em 17 de agosto de 2015:

Andei fazendo cursos de alimentação Ayurveda e descobri que este suco verde tradicional precisa de adaptações, de acordo com os doshas de cada pessoa. Então, mais uma vez, é preciso testar, analisar e ver o que funciona melhor. Pra mim, funciona bem! Mas de uns tempos pra cá, andei fazendo um suco funcional que é mais saboroso e que dá muita energia também. Anotem a receita.

Bater um inhame cru descascado no liquidificador com um copo duplo de água. Coar. Eu apresento a vocês um leite vegetal de gosto neutro, suave e extremamente nutritivo. Tcharaaam! :-) Coloque o leite vegetal de volta no liquidificador e acrescente duas bananas bem maduras (para ficar bem docinho), metade de uma manga também bem madurinha, folhinhas frescas de hortelã e de salsa, canela em pó e uma colher de sobremesa de chia. Bata bem e usufrua! No inverno, vale acrescentar um pouco de gengibre fresco para dar uma aquecidinha no organismo.

sexta-feira, 2 de março de 2012

A autocura e a responsibilidade sobre si

Há tempos que venho pensando em criar um blog voltado para a saúde e o bem-estar... Em primeiro lugar, porque venho acumulando informações sobre o assunto há praticamente duas décadas; em segundo lugar, porque se eu tiver registrado aqui algumas orientações, poderei passar o link para os clientes de tarot, ao invés de escrever, escrever e escrever a mesma coisa a cada consulta. Existe ainda um terceiro motivo, que é o mesmo que me fez começar a escrever o Via Tarot, há quatro anos e meio: disciplina! 

Sim, eu percebi que passava boa parte do dia borboleteando pela net, lendo, tecendo comentários no Facebook, deixando a mente vagar sem foco e não conseguia ir muito além do simples cumprimento das minhas obrigações mais básicas. Ou seja, escrever no Via Tarot, responder emails de clientes e dar consultas. Um dia depois do outro, aquela monotonia que destrói a capacidade do ser humano ter sonhos lúcidos (ai, isso já é outro assunto...rs)

Enfim, percebi que estava perdendo um precioso tempo que poderia ser revertido para mil coisas interessantes, dentre elas, criar um blog para falar de saúde e bem-estar! :-)

Este meu processo particular é um ótimo tema para abrirmos o Caminho do Meio, como uma trilha em meio à mata de desequilíbrios. Em tempos de ansiedade patológica, quando a informação tornou-se um vício e as pessoas parecem voyer de sua própria vida (como se algo só acontecesse de verdade quando fosse registrado no Facebook), parar tudo e tomar um novo rumo tornou-se um desafio e o primeiro passo para mais esta autocura.

Tomar as rédeas da própria vida é um passo importante para realizar a autocura e assumir a responsabilidade sobre si, é o primeiro movimento dessa caminhada. No Ho'oponopono aprendemos que somos 100% responsáveis por tudo que acontece em nossa vida e para que isso não pareça loucura ou injustiça, devemos iniciar uma prática chamada auto-observação. Sem ela, tal afirmação do Ho'oponopono parece coisa de sádico, não é mesmo? Como alguém pode ser responsável por um mal que lhe acontece? É claro que não estamos falando de um processo consciente! E é por isso que a auto-observação se faz necessária...

Sejamos responsáveis por nós mesmos, por nossa vida e, principalmente, por nossa felicidade! Por aqui vocês vão ler algumas palavrinhas que podem não soar muito simpáticas a princípio - disciplina, responsabilidade, sobriedade - mas, certamente, vocês também vão ler bastante outras palavrinhas gostosas como: prazer, conforto, autoestima. Nada nesta vida é tão bom e fácil e nem tão ruim e sacrificante. É por isso que o melhor caminho para a saúde e o bem-estar é o Caminho do Meio! ;-)